"Foi um choque para todo mundo, principalmente para a gente", diz Rony Magrini, apresentador do programa. "O quadro dura 15 minutos e eu não posso estourar meu tempo. Depois que as duas se falaram, eu já estava conduzindo o encerramento quando a Adriana pediu para fazer uma pergunta para a mãe. Deixei e foi essa bomba".
A pergunta foi simples: Adriana queria saber se a mãe tinha tido outros filhos e ouviu a resposta positiva. "Tive sim, o Leandro, mas foi com outro homem, não o seu pai", respondeu Maria (nome fictício da mãe). "Não acredito que você está falando isso. Ele é meu marido", respondeu Adriana. A ligação até caiu. "A gente achou que ela tinha desmaiado, tido um ataque do coração, não sei", conta Magrini.
O contato foi restabelecido e as informações começaram a ser checadas: nome completo, cidade natal, nome dos pais de cada um. Tudo batia. O programa foi editado e as informações pessoais, preservadas. "Mesmo assim, tivemos recorde de ligações e comentários nas nossas redes sociais. Pessoas xingando, condenando a atitude da mãe e da filha", disse Magrini.
Casamento
Durante a gravação, Adriana disse aos apresentadores que já desconfiava do parentesco porque o marido tem duas certidões de nascimento. Em uma, é filho de mãe desconhecida. Na outra, consta o nome de Maria. Leandro é dois anos mais novo que a mulher e foi criado por uma madrasta, a quem chama de mãe até hoje. Eles nasceram na mesma cidade no interior de São Paulo e moram lá até hoje (o programa não divulgou o nome para preservar a identidade do casal); Maria deixou os dois filhos com os respectivos pais e foi embora. Hoje, mora a 300 quilômetros de distância de Adriana e Leandro.
Há sete anos, quando o casal se conheceu e ela soube da coincidência, Adriana chegou a questionar um tio, que garantiu que Maria não tinha tido outros filhos. Nunca casou com Leandro no papel, mas vivem uma união estável.
Genética
No Brasil, o casamento entre irmãos é proibido, mas não é crime manterem relações sexuais, desde que sejam maiores de 18 anos.O incesto é tabu em praticamente todas as sociedades. Há justificativas biológicas para isso. Pesquisas médicas mostram que há grande risco de anormalidades genéticas numa criança gerada por parentes próximos, o que felizmente não aconteceu neste caso. O médico geneticista Wagner Baratela explica que o risco para casamentos consanguíneos entre meio-irmãos é de 13% a 25% para doenças recessivas (como fibrose cística) e deficiências intelectuais. “Esses valores podem ser ainda maiores dependendo da população em questão”.
fonte:http://vejasp.abril.com.br/
por Nataly Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário