quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Após oito meses, CPI do Cachoeira termina sem avançar, mas deixa pistas para investigações

A CPI do Cachoeira encerrou nesta terça-feira (18) seus trabalhos de maneira "melancólica" e em clima de "pizza", segundo os próprios integrantes da comissão. A votação do relatório oficial, que termino rejeitado, acabou gerando a prevalência de um relatório de menos de duas páginas que não pede o indiciamento de nenhum dos envolvidos e remete a CPI ao ponto onde tudo começou: a Polícia Federal e o Ministério Público.


O relatório aprovado pede que o MP e a PF continuem as investigações a partir do material que a comissão recolheu. O resultado, entretanto, não agradou nem ao governo nem à oposição, que trocaram acusações sobre a culpa do término improdutivo da comissão.

"As conclusões aqui são nada, um vazio, Uma pizza geral, lamentável", afirmou o relator do caso, Odair Cunha (PT-MG), atribuindo o fracasso do relatório à "blindagem" que o PSDB queria fazer ao governador Marconi Perillo (PSDB-GO).

Já a oposição disse que o governo foi o responsável pela blindagem, e que por esse motivo derrubou o relatório do deputado petista. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o "Parlamento abdicou da sua responsabilidade de investigar", mas negou que o PSDB tenha articulado para aprovar o relatório do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), que tem uma página e meia e não indicia ninguém. Dias limitou-se a dizer que a investigação, quando esbarrou no governo federal, foi interrompida.

Entretanto, o farto material colhido pela comissão nos oito meses de trabalho – entre depoimentos, quebras de sigilos e documentos apreendidos – pode servir para que o Ministério Público dê sequência às investigações.

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